Curso de Regência destaca ensino coletivo para formação de bandas infantis

Com ampla experiência na condução de bandas infantis, o regente e professor de clarinete Joel Barbosa vai falar sobre sua metodologia de ensino aos alunos do Curso Online de Introdução à Regência, neste sábado (09), das 13h às 17h, pela plataforma Zoom

Na visão do regente de banda e professor de clarinete da Universidade Federal da Bahia, Joel Barbosa, a educação musical deve compreender as questões históricas, culturais e sociais do Brasil contemporâneo a partir dos repertórios estudados e da própria metodologia de aprendizagem. Dentro dessa perspectiva, a palestra que o docente vai apresentar aos alunos do Curso Online de Introdução à Regência, neste sábado (09), das 13h às 17h, terá como tema “Bandas Infantis: uma proposta de ensino coletivo”.

Na atividade, que será apresentada pela plataforma Zoom, o professor pretende nortear os alunos sobre os princípios que regem a prática do ensino coletivo de instrumentos para formação de bandas infantis. Esses princípios combinam a técnica instrumental, leitura de partitura, prática de conjunto, interpretação musical, percepção, criatividade, memorização, teoria da música e avaliação, com formulação a partir de aspectos musicais, históricos, sociais e culturais brasileiros.

A aula terá transmissão online para 330 alunos de 24 Estados brasileiros, selecionados por meio de Edital lançado no site da Estação Conhecimento de Serra. Considerando-se os alunos de docentes matriculados, indiretamente a formação vai contemplar cerca de 6,5 mil estudantes em todo o Brasil.

Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o Curso Online de Introdução à Regência integra o Programa Vale Música e é destinado a estudantes de música, professores, músicos, regentes de bandas, orquestras, corais e grupos de jazz, entre outras formações musicais. Todas as atividades são desenvolvidas de forma remota, com a participação de regentes e musicistas de projeção internacional.

Joel Barbosa iniciou seus estudos na Banda da Guarda Mirim de Piracicaba, em São Paulo. Graduou-se em clarineta pelo Conservatório de Tatuí (SP) e obteve os graus de bacharel em clarineta pela UNICAMP (SP) e de mestrado e doutorado pela University of Washington (EUA). É professor de clarineta e educação musical da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde atua nos cursos de bacharelado, mestrado e doutorado, nos seguintes temas: clarineta, banda de música, ensino em grupo e métodos coletivos para instrumentos.

Com atuação destacada como clarinetista, professor e regente de banda em diversos grupos e festivais, é autor do método “Da Capo” para banda. Também tem realizado trabalhos relacionados a bandas de música no ensino básico, ONGs, Centros de Atenção Psicossocial e projetos governamentais. Seus trabalhos de pesquisa têm sido apresentados e publicados em instituições como a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM), World Association for Symphonic Bands and Ensembles (WASBE), Editora Keyboard e a conceituada International Society for Music Education (ISME), da qual foi membro da comissão de Community Music Activities.

Na entrevista a seguir, o professor Joel Barbosa fala sobre o conteúdo da palestra que irá apresentar aos alunos do Curso Online de Introdução à Regência e sobre seu método de ensino coletivo para formação de bandas, registrado em dois livros voltados para este campo de estudo.

 Na sua opinião, qual a importância da realização de um Curso de Introdução à Regência para a formação de novos regentes e para o desenvolvimento do setor musical? 

O Curso de Introdução à Regência como elaborado pode contribuir muito com a área musical do país, tanto do ponto de vista da formação musical profissional como da educação musical. Como o curso abrange os elementos técnicos e musicais da regência e princípios da educação musical, estes futuros profissionais são introduzidos na arte da regência, não apenas como regentes, mas também como educadores musicais. Dessa maneira, estarão aptos para trilhar o caminho que conduz à regência de conjuntos musicais profissionais, assim como para trabalhar com conjuntos musicais de aprendizes, quer no ensino básico, em escolas de música, em projetos sociais, e/ou em instituições e práticas musicais tradicionais de nossa cultura, como a banda de música filarmônica, conjuntos instrumentais e vocais de igrejas, grupos musicais comunitários etc. 

 

Sua palestra tem como tema “Bandas Infantis: Uma proposta de ensino coletivo”. De que forma pretende transmitir este conteúdo aos participantes do Curso? 

Por se tratar de uma atividade online, ela será feita por meio de apresentação verbal, com exemplos musicais e de vídeos, seguida com diálogo para se discutir a proposta. A apresentação trará o contexto da história do ensino coletivo de instrumentos de banda; em seguida, focará nos princípios que a fundamentam e, por fim, serão trazidos alguns exemplos práticos. O diálogo acontecerá entre essas etapas da apresentação e no final do encontro virtual. 

 

Em que consiste o seu método de ensino coletivo de instrumentos musicais para banda? Fale sobre as suas publicações neste campo de pesquisa e de sua repercussão no Brasil e no exterior. 

Trata-se de dois materiais didáticos que foram elaborados dentro dos princípios deste método. Um é o “Da Capo”, publicado em 2000, e outro o “Da Capo Criatividade”, de 2010. O segundo amplia a proposta do primeiro no sentido de trazer uma formação musical mais ampla para cada aprendiz e para o conjunto musical, com ênfase na criatividade em música. É um método que aborda o ensino coletivo de instrumentos musicais, uma modalidade de ensino da música instrumental para banda amplamente utilizada em muitos países do mundo que adaptei para o Brasil. Ela surgiu nos EUA, na década de 1920, e é utilizada em escolas do ensino básico desse país, da costa leste a oeste. Os métodos de ensino coletivo para banda disponíveis no mercado são em sua maioria estadunidenses. Para adaptar para o nosso país, pois nossa cultura musical é muito diferente da estadunidense, foquei no repertório e na criatividade. 

Trata-se de um processo de educação musical que busca problematizar, com a classe de aprendizes, as questões históricas, culturais e sociais do Brasil contemporâneo a partir dos repertórios estudados e da própria metodologia de aprendizagem. Ele aborda também a questão internacional do país nesse sentido. É um meio educacional de se compreender, por meio do fazer música, quem somos nós pessoalmente e socialmente. É uma tentativa de dar conta do tempo que vivemos e deste chão que pisamos pela perspectiva da música e da criatividade musical, de seus aspectos sensíveis, estéticos, coletivos, históricos, poéticos e práticos. 

O Curso

O Curso Online de Introdução à Regência tem coordenação do Projeto Vale Música Serra e o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo. A formação terá um total de 200 horas, sendo 120 horas síncronas, por meio da plataforma de videochamada Zoom, e 80 horas assíncronas, com atividades preestabelecidas no AVA – Google Classroom. Os componentes curriculares do curso serão divididos em 30 encontros, realizados sempre aos sábados, das 13h às 17h.

Para a gerente do Instituto Cultural Vale, Christiana Saldanha, o Curso Online de Introdução à Regência está em consonância com a estrutura pedagógica do Programa Vale Música e com o papel da instituição no processo de democratização do acesso à cultura e do fomento da arte. “Desde 2019, quando foi criado, o Programa Vale Música está em constante evolução. O curso de Regência do Vale Música, modalidade inédita no Programa, se junta a outras categorias de formação para possibilitar novas possibilidades aos músicos, reflexo de nossa busca incessante pelo aperfeiçoamento”, destaca Saldanha.

Dúvidas e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

 

SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE:

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Em 2021, são mais de 150 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), C entro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale para saber mais sobre sua atuação: www.institutoculturalvale.org.

 

SOBRE O PROGRAMA VALE MÚSICA:

Desde o início dos anos 2000 a Vale cria oportunidades para estudantes participarem de formações musicais e desenvolverem seus talentos nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul. Em 2019, a empresa criou o Programa Vale Música, uma rede colaborativa de ensino e aprendizagem composta pelos projetos musicais dos quatro estados e as maiores orquestras do país. Ao todo, a rede envolve mais de 240 profissionais e mais de 1.000 estudantes. São parceiras do Programa Vale Música a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Ouro Preto, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Nova Orquestra e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

 

SOBRE O PROJETO VALE MÚSICA SERRA:  

Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o Projeto Vale Música Serra atende 200 alunos, de 07 a 29 anos, na Estação Conhecimento de Serra, em Cidade Continental, e 70 alunos, de 07 a 11 anos, no Núcleo do Vale Música no Parque Botânico Vale, em Vitória. O projeto conta com diversos grupos artísticos como a Orquestra Jovem Vale Música, a Camerata Jovem Vale Música, a Vale Música Jazz Band, a Banda Sinfônica Vale Música, o Coral Infantil Vale Música e o Coral Jovem Vale Música, que se apresentam em eventos na Grande Vitória e demais regiões do país. Durante o período da pandemia do novo coronavírus todas as atividades estão sendo desenvolvidas de forma remota.

 

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