Projeto Badu realiza aulão online de Maculelê

Referência em danças afro-brasileiras, o bailarino Jadson Lucas vai aplicar as oficinas para os alunos nesta quinta-feira, dia 01/04, por meio da plataforma Google Meet

Misto de dança folclórica e luta surgida da Bahia, o Maculelê tem sua origem ligada aos escravizados que foram trazidos do continente africano para o Brasil no período colonial e que usavam os movimentos dessa arte marcial para se defender dos horrores da escravização. A manifestação ancestral de matriz afroindígena é o tema do aulão online que os alunos do Projeto Badu vão acompanhar com o Professor Jadson Lucas, em parceria com a Educadora Social regente Gabriela Santos, nesta quinta-feira (01/04), das 9h às 11h30, e das 14h às 16h30, por meio da plataforma Google Meet.

Referência em danças afro-brasileiras no Espírito Santo, Jadson Lucas participou de diversas montagens no Estado como bailarino, coreógrafo, produtor cultural, ator, educador social e maquiador. Entre seus trabalhos como bailarino destacam-se a atuação no Coletivo Performances Itinerante; na Companhia Vitória Street Dance, nos musicais “Hair” e “Weber”, produzidos pela Faculdade de Música do Espírito Santo (FAMES); o Grupo Andora/UFES; o Bloco Afrokizomba e a participação na Comissão de Frente dos desfiles das Escolas de Samba Chegou o Que Faltava e Pega no Samba.

 O artista também integrou o NUCA – Núcleo da Criança e do Adolescente UNICEF – e foi o campeão do Selo UNICEF Município Aprovado 2013-2016, representando o município de Pinheiros. A iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância estimula e reconhece ações para promoção, realização e garantia dos direitos de crianças e adolescentes em municípios do Semiárido e da Amazônia Legal brasileira.

Jadson Lucas vai demonstrar aos alunos os movimentos e a plasticidade do Maculelê, dança na qual seus praticantes simulam uma luta com bastões de madeira, ao som de atabaques e cânticos, mantendo viva uma tradição que atravessa os séculos. De acordo com a Educadora Social Gabriela Santos, o Maculelê integra o ciclo de oficinas do Projeto Badu sobre a diversidade das danças brasileiras e se relaciona com os estudos sobre a escravização no Brasil. “O aulão sobre o Maculelê vem no momento em que aprofundamos nossas discussões a respeito da escravização. É uma modalidade que carrega muita história e que nos ajuda a ampliar nossas discussões a respeito de ancestralidade, memória e oralidade. Se o Maculelê existe até hoje, isso se deve aos nossos antepassados, que transmitiram o conhecimento para outras gerações e mantiveram esses saberes vivos”, comenta Gabriela Santos.

Sobre o Projeto Badu:

O Projeto Online de Dança Afro-Brasileira Badu foi lançado pela Estação Conhecimento de Serra em 2021, com o objetivo de estimular o protagonismo dos seus usuários por meio da manifestação artística e da expressão corporal. O público-alvo é formado por adolescentes de 12 a 17 anos que moram no município de Serra e têm interesse em assimilar conhecimentos teóricos e práticos de dança. As oficinas têm 50 participantes, divididos em turmas de manhã e à tarde, e são aplicadas de forma remota, em função dos protocolos de prevenção à Covid-19. 

A diretora da Estação Conhecimento de Serra, Ana Angélica Motta, observa que o Projeto Badu é fruto de uma demanda dos adolescentes nas discussões sobre diversidade e gênero. “Entre essas demandas destacam-se principalmente o debate sobre racismo e as questões relacionadas à expressão e relações com o corpo. Por isso a escolha do nome, que tem muito significado neste contexto”, pontua Ana, lembrando que Badu, no vocabulário africano, significa “criança que continua evoluindo, visando preservar a criança interior, trazendo em seu significado alguém forte e poderoso”.

  • Sobre a Estação Conhecimento de Serra:

Criada por iniciativa da Fundação Vale, a Estação Conhecimento de Serra é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que atua desde 2011 na promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes, em parceria com a Vale e a Prefeitura Municipal de Serra, compondo a rede socioassistencial. Atualmente a instituição atende a cerca de 1500 beneficiários diretos.  O objetivo é contribuir para o desenvolvimento integral do indivíduo, integrado com as comunidades, deixando um legado de conhecimento sistematizado para as futuras gerações, por meio de atividades de esporte, cultura e profissionalização. 

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