As práticas pedagógicas adotadas pela Estação Conhecimento são fundamentadas em conceitos e princípios voltados à democratização do conhecimento, no sentido de prover condições para emancipar as pessoas, buscando o desenvolvimento social.
O processo de aprendizagem é inspirado nos quatro pilares da educação apresentados pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação (conhecer, fazer, ser, conviver), Relatório Educação: Um Tesouro a Descobrir, da UNESCO, coordenado por Jacques Delors (1996).
As práticas educativas da Estação Conhecimento destacam as seguintes ideias:
• Foco voltado para a aprendizagem e não para o ensino;
• Formação integral dos cidadãos nos aspectos físico, emocional e intelectual;
• Conhecimento voltado para emancipação e independência da comunidade;
• Equilíbrio entre os saberes prático e teórico.
PAPEL DO EDUCADOR
· Desenvolver, organizar as oficinas e atividades sistemáticas esportivas, artísticas, culturais e de lazer;
· Identificar crianças e adolescentes e acompanhar junto com a equipe técnica a evolução nas atividades desenvolvidas;
· Registar e acompanhar a frequência e as atividades desenvolvidas por crianças e adolescentes e encaminhar para a equipe técnica do serviço;
· Favorecer a experiência de novas práticas e a descoberta de novos conhecimentos;
· Participar de atividades de planejamento, sistematizar e avaliar o serviço, juntamente com a equipe técnica do serviço;
· Atuar de forma integrada com a equipe multidisciplinar, visando atingir os objetivos e resultados do serviço.
LINGUAGENS
Contemplar eixos temáticos (Convivência social, Direito de Ser e Participação Social) afim de contribuir para a construção no desenvolvimento da autonomia de crianças e adolescentes;
Planejar atividades que desenvolvam as múltiplas habilidades das crianças e adolescentes
Promover atividades diversificadas, que explorem diferentes materialidades
Trabalhar as diferentes modalidades de maneira multidisciplinar e integrada
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Criar espaços em que as crianças e adolescentes possam participar de processos de construção coletivo com experiências que estimulem e valorizem a condição de escolha e decisão.
· Ser estimulado a re(conhecer) habilidades e potencialidades existentes no território onde vive;
· Ter participado de Intervenções coletivas no Território;
· Ser estimulado a participar de mobilizações e espaços de controle social;
· Demonstrar desejo em interferir na realidade (local e sociedade em geral).
· Propiciar vivências para o alcance de autonomia e protagonismo social.
MODOS DE VIDA E CULTURA LOCAL
· Contemplar e valorizar a cultura e os modos de vida das crianças e adolescentes e suas comunidades na realização das práticas;
· Realizar sempre que possível, um intercâmbio das práticas da EC nas comunidades;
· Valorizar e envolver a comunidade nas práticas desenvolvidas dentro da EC;
· Engajar os educandos na valorização dos saberes locais;
· Organizar atividades que estimulem a construção de um possível projeto de vida;
· Conectar a partir das práticas crianças e adolescentes com as comunidades para a valorização dos saberes locais, reconhecimento e pertencimento pelo local;
· Conhecer e valorizar a diversidade cultural.
LUDICIDADE
· Prover práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a criatividade das crianças e dos adolescentes por meio da ludicidade
· Consolidar o esporte educacional como possibilidade para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes
INCLUSÃO
Reconhecer a singularidade das crianças e adolescentes, respeitando os tempos e formas de aprendizagem de cada um;
Considerar as necessidades, sentimentos e habilidades dos educandos para o planejamento das práticas;
Acolher a diversidade e as diversas formas de aprender, planejando práticas de inclusão de crianças e adolescentes com múltiplas especificidades, respeitando os tempos de aprendizagens e considerando as identidades.
INTERSETORIALIDADE
· Favorecer a intersetorialidade do planejamento e execução de atividades
· Considerar o apoio nutricional, psicológico e de assistência social na criação das práticas
· Acessar outros conhecimentos e organizações locais para o apoio, construção e execução de práticas
· Articulação com a Rede Local – A Estação Conhecimento participa nos espaços de controle social e deliberativos, para juntos conseguirmos um serviço articulado em rede, visando potencializar suas ações. Possibilitando assim, junto com esses espaços acompanhar informações
e deliberações, desenvolvendo estratégias para efetivar as decisões dos espaços e acompanhar o planejamento das atividades para o controle social e direcionar ações para o exercício da democracia. A instituição atua como conselheira no CONCASE e no COMASSE, além de se fazer presente e ativa nas reuniões de Rede do território.
AMBIÊNCIAS
Diversificar os espaços de realização práticas da EC;
Realizar práticas em diversos espaços da EC dando sentido de pertencimento dos espaços construídos.