Nelson Ayres apresenta palestra sobre regência de música popular

Um dos nomes mais importantes da música instrumental brasileira contemporânea, o pianista, regente e compositor Nelson Ayres vai compartilhar sua experiência de 40 anos de carreira com os alunos do Curso Online de Introdução à Regência, no próximo sábado (27), das 13h às 17h, pela plataforma Zoom 

 
Ao longo de 40 anos de carreira, o pianista, regente e compositor Nelson Ayres consagrou-se como uma das personalidades da música instrumental brasileira contemporânea. Como regente, destacou-se à frente da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e por reger prestigiosas formações no Brasil e no exterior, incluindo a Orquestra Filarmônica de Israel; como pianista, liderou o Nelson Ayres Trio e o quinteto Pau Brasil, além de dividir o palco com grandes nomes do jazz e da MPB.  

 O amplo conhecimento pautado pela junção da música sinfônica e da música popular será a base da palestra que o maestro irá apresentar aos alunos do Curso Online de Introdução à Regência, no próximo sábado (27), das 13h às 17h, por meio da plataforma Zoom. 

A partir do tema “Regência de Música Popular”, Nelson Ayres vai abordar tópicos relacionados a questões estilísticas da música popular – aspectos rítmicos e interpretativos, escolha de material, arranjos, técnicas específicas (respiração, gestual), uso de batuta, repertório e planejamento de ensaios e concertos. 

A aula terá transmissão online para 330 alunos de 24 Estados brasileiros, selecionados em Edital lançado no site da Estação Conhecimento de Serra. Considerando-se os alunos de docentes matriculados, indiretamente a formação vai contemplar cerca de 6,5 mil estudantes em todo o Brasil.  

Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o Curso Online de Introdução à Regência integra o Programa Vale Música e é destinado a estudantes de música, professores, músicos, regentes de bandas, orquestras, corais e grupos de jazz, entre outras formações musicais. Todas as atividades são desenvolvidas de forma remota, com a participação de regentes e musicistas de projeção internacional. 

Em sua palestra, Nelson Ayres vai apontar as especificidades da regência na música popular a partir da junção da tradição musical europeia com a música de matriz africana. “A regência foi desenvolvida a partir da tradição musical europeia, que é baseada em harmonia, melodia e ritmo. Na música popular, a matriz deixa de ser apenas europeia para se tornar europeia e africana, porque a música popular se desenvolveu basicamente nas Américas, nos EUA, na América Central e na América do Sul, onde houve essa enorme influência da cultura africana em geral e diversos tipos de junção entre essas duas culturas”, observa. 

Na sua percepção, as matrizes rítmicas africanas influenciaram diretamente a construção da música popular nos continentes americanos, razão pela qual a compreensão musical nessas regiões se diferencia da tradição musical europeia, o que representa novos desafios para o regente. “Reger um baião é claramente diferente do que reger Brahms, da mesma forma que reger um choro é completamente diferente do baião; o samba é diferente do choro, e o jazz é completamente diferente de tudo isso, então o regente de música popular tem que se preparar de outra forma, ter outros tipos de conhecimento”, ensina. 

 Para ilustrar essa linha de raciocínio, Nelson Ayres aponta as diferenças estéticas entre uma apresentação de música clássica e de música popular. “Enquanto na música tradicional há um sentido de concerto, na música popular há uma ideia de show. Ao contrário do modelo de apresentação de três músicas, com uma abertura, um concerto e uma sinfonia, por parte da orquestra, na música popular geralmente são 16 músicas, com dinâmica diferente, cantor, convidados, a presença da bateria, do baixo elétrico, do violão, da guitarra… Ou seja, são funções completamente diferentes para o maestro. Então tentarei passar para os alunos essa minha experiência de 40 anos fazendo essa junção de música sinfônica e música popular – basicamente a música popular brasileira”, adianta. 


Biografia  

Reconhecido como um inovador da música instrumental brasileira contemporânea, o pianista, regente e compositor Nelson Ayres foi durante dez anos maestro da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Como pianista, atua no Nelson Ayres Trio, divide o palco com a cantora Mônica Salmaso e lidera desde 1978 o Quinteto Pau Brasil, com o qual conquistou os títulos de Melhor CD e Melhor Grupo Instrumental no Prêmio da Música Brasileira, em 2013, com o CD “Villa Lobos Superstar”. 

Nelson Ayres tocou e gravou com grandes nomes do jazz, como Benny Carter, Dizzy Gillespie, Toots Thielemans, Airto Moreira e Flora Purim, Ron Carter e Walter Booker. Na MPB, atuou com estrelas como Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Edu Lobo, Simone, Nana e Dori Caymmi, Milton Nascimento e Gal Costa. Com César Camargo Mariano, estrelou em 1984 o espetáculo “Prisma”, primeiro show brasileiro a usar intensivamente recursos de computação aliados a instrumentos eletrônicos.  

Suas composições foram gravadas por Milton Nascimento, Herbie Mann, Mônica Salmaso, César Mariano, Renato Braz, Kenny Kotwick, Joyce, Ivan Lins, Marlui Miranda, e até pelo cantor romântico Daniel. No campo erudito, teve composições executadas por orquestras, solistas e grupos de câmara em todo o mundo, como a Orquestra Sinfônica de Jerusalém, New York Symphony Brass Quintet, Ahn Trio, Henry Bok e Julliard Brass Quintet. 

Seus CDs “Mantiqueira” (1981), “Perto do Coração” (2003), e “Paixão” (2011) são considerados clássicos da música instrumental brasileira. Seu mais recente projeto é a reedição da Nelson Ayres Big Band, que marcou época na década de 1970 e renasce agora com 16 dos mais talentosos músicos de São Paulo. 

 
O Curso 

O Curso Online de Introdução à Regência tem coordenação do Projeto Vale Música ES e o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo. A formação terá um total de 200 horas, sendo 120 horas síncronas, por meio da plataforma de videochamada Zoom, e 80 horas assíncronas, com atividades preestabelecidas no AVA – Google Classroom.  

Para a gerente do Instituto Cultural Vale, Christiana Saldanha, o Curso Online de Introdução à Regência está em consonância com a estrutura pedagógica do Programa Vale Música e com o papel da instituição no processo de democratização do acesso à cultura e do fomento da arte. “Desde 2019, quando foi criado, o Programa Vale Música está em constante evolução. O curso de Regência do Vale Música, modalidade inédita no Programa, se junta a outras categorias de formação para possibilitar novas possibilidades aos músicos, reflexo de nossa busca incessante pelo aperfeiçoamento”, destaca Saldanha.   

 
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE: 

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Em 2021, são mais de 150 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), C entro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale para saber mais sobre sua atuação: www.institutoculturalvale.org. 


SOBRE O PROGRAMA VALE MÚSICA: 

Desde o início dos anos 2000 a Vale cria oportunidades para estudantes participarem de formações musicais e desenvolverem seus talentos nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul. Em 2019, a empresa criou o Programa Vale Música, uma rede colaborativa de ensino e aprendizagem composta pelos projetos musicais dos quatro estados e as maiores orquestras do país. Ao todo, a rede envolve mais de 240 profissionais e mais de 1.000 estudantes. São parceiras do Programa Vale Música a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Ouro Preto, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Nova Orquestra e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei de Incentivo à Cultura. 


SOBRE O PROJETO VALE MÚSICA ES:   

Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o Projeto Vale Música ES atende 200 alunos, de 07 a 29 anos, na Estação Conhecimento de Serra, em Cidade Continental, e 70 alunos, de 07 a 11 anos, no Núcleo do Vale Música no Parque Botânico Vale, em Vitória. O projeto conta com diversos grupos artísticos como a Orquestra Jovem Vale Música, a Camerata Jovem Vale Música, a Vale Música Jazz Band, a Banda Sinfônica Vale Música, o Coral Infantil Vale Música e o Coral Jovem Vale Música, que se apresentam em eventos na Grande Vitória e demais regiões do país. Durante o período da pandemia do novo coronavírus todas as atividades estão sendo desenvolvidas de forma remota. 

 

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