Musicólogo destaca o papel de regentes na pesquisa e difusão do patrimônio musical

Professor e pesquisador do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Paulo Castagna vai falar aos alunos do Curso Online de Introdução à Regência no próximo sábado (30), das 13h às 17h, pela plataforma Zoom.

Apresentar os principais aspectos envolvidos na pesquisa, salvaguarda e difusão do patrimônio musical brasileiro (nacional, regional e local), a partir das perspectivas de músicos e regentes de quaisquer vertentes, evidenciando sua responsabilidade como agentes culturais: este é o principal objetivo da palestra que o professor, pesquisador e musicólogo Paulo Augusto Castagna vai apresentar aos alunos do Curso Online de Introdução à Regência, neste sábado (30), das 13h às 17h, pela plataforma Zoom Meetings.

Intitulada “Patrimônio musical brasileiro: o papel de músicos e regentes em sua pesquisa, salvaguarda e difusão”, a palestra contemplará em seu conteúdo programático os seguintes tópicos: tipos de patrimônio musical e suas formas de inclusão; pesquisa e difusão do patrimônio musical; salvaguarda, organização e inventariação de acervos musicais físicos; e difusão digital: digitalização x editoração digital.

A aula terá transmissão online para 330 alunos de 24 Estados brasileiros, selecionados em Edital lançado no site da Estação Conhecimento de Serra. Considerando-se os alunos de docentes matriculados, indiretamente a formação vai contemplar cerca de 6,5 mil estudantes em todo o Brasil.

Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o Curso Online de Introdução à Regência integra o Programa Vale Música e é destinado a estudantes de música, professores, músicos, regentes de bandas, orquestras, corais e grupos de jazz, entre outras formações musicais. Todas as atividades são desenvolvidas de forma remota, com a participação de regentes e musicistas de projeção internacional.

Pesquisa musicológica

Graduado e mestre pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Castagna é doutor pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da mesma universidade, além de graduado em Biologia no Instituto de Biociências da USP. É professor e pesquisador do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP) desde 1994, onde se dedica à produção de partituras, livros, artigos, cursos, conferências, programas de rádio e televisão na área de musicologia histórica, e coordena a pesquisa musicológica para a gravação de CDs. É colaborador do Museu da Música de Mariana (MG) desde 2001, pesquisador do CNPq (bolsista PQ) desde 2007 e membro do Conselho Consultivo da Fundação CEREM (Centro de Referência Musicológica José Maria Neves), de São João del-Rei (MG), desde 2013. Participa de encontros de musicologia na América Latina, Europa e Estados Unidos desde 1987, tendo coordenado vários eventos nessa área no Brasil.

O professor explica que o conteúdo da palestra vai abordar a responsabilidade de músicos e regentes no cultivo crítico e ativo da diversidade do patrimônio musical brasileiro. “Esse cultivo é iniciado pela pesquisa de repertório, tanto em arquivos, bibliotecas e fonotecas de grande porte, quanto dos arquivos ou musicotecas das próprias instituições musicais (orquestras, coros, bandas e outros), envolvendo posteriormente a apresentação, gravação e publicação de composições musicais antigas e recentes de interesse cultural”, observa o musicólogo. “Também faz parte desse processo a preservação dos arquivos ou musicotecas das suas instituições profissionais, com a adoção de procedimentos básicos de conservação, acondicionamento, codificação, inventariação e, para os documentos musicais históricos, sua digitalização e disponibilização online”, acrescenta.

De acordo com o pesquisador, o patrimônio musical compreende três tipos:

  •   1) Patrimônio musical de tradição ou transmissão oral – imaterial, refere-se às práticas musicais tradicionais;

  •  2) Patrimônio musical histórico – imaterial, refere-se à música escrita, gravada ou programada. Por música programada, entende-se aquela resultante da codificação de instruções para que um instrumento ou aparelho sonoro acione um dispositivo de emissão sonora, sejam eles mecânicos (como linguetas ou cordas) ou eletrônicos (como computadores);

  •   3) Patrimônio musical documental (arquivístico, bibliográfico, fonográfico) – material, refere-se às fontes musicais e audiovisuais físicas, como partituras impressas e manuscritas, cilindros e discos de sulcos, CDs, DATs e outros armazenadores de arquivos digitais.

Para o musicólogo, a democratização do acesso a esses tipos de patrimônio musical ocorre inicialmente por meio da educação patrimonial no ambiente de ensino, e também por meio da manutenção, criação e ampliação do número de arquivos, bibliotecas e fonotecas, do ensino musical e da facilitação do acesso público aos espetáculos musicais. “Também fazem parte desse processo as políticas públicas e o envolvimento de músicos, pesquisadores e instituições na preservação e acesso aos acervos musicais, sua digitalização e disponibilização online, assim como a criação de meios para a apresentação, publicação e gravação de obras de importância local e regional, além daquelas de importância nacional e internacional”, ensina.

O Curso

O Curso Online de Introdução à Regência tem coordenação do Projeto Vale Música Serra e o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo. A formação terá um total de 200 horas, sendo 120 horas síncronas, por meio da plataforma de videochamada Zoom, e 80 horas assíncronas, com atividades preestabelecidas no AVA – Google Classroom. 

Para a gerente do Instituto Cultural Vale, Christiana Saldanha, o Curso Online de Introdução à Regência está em consonância com a estrutura pedagógica do Programa Vale Música e com o papel da instituição no processo de democratização do acesso à cultura e do fomento da arte. “Desde 2019, quando foi criado, o Programa Vale Música está em constante evolução. O curso de Regência do Vale Música, modalidade inédita no Programa, se junta a outras categorias de formação para possibilitar novas possibilidades aos músicos, reflexo de nossa busca incessante pelo aperfeiçoamento”, destaca Saldanha.

SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE:

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Em 2021, são mais de 150 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), C entro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale para saber mais sobre sua atuação: www.institutoculturalvale.org.

SOBRE O PROGRAMA VALE MÚSICA:

Desde o início dos anos 2000 a Vale cria oportunidades para estudantes participarem de formações musicais e desenvolverem seus talentos nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul. Em 2019, a empresa criou o Programa Vale Música, uma rede colaborativa de ensino e aprendizagem composta pelos projetos musicais dos quatro estados e as maiores orquestras do país. Ao todo, a rede envolve mais de 240 profissionais e mais de 1.000 estudantes. São parceiras do Programa Vale Música a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Ouro Preto, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Nova Orquestra e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

SOBRE O PROJETO VALE MÚSICA SERRA:  

Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o Projeto Vale Música Serra atende 200 alunos, de 07 a 29 anos, na Estação Conhecimento de Serra, em Cidade Continental, e 70 alunos, de 07 a 11 anos, no Núcleo do Vale Música no Parque Botânico Vale, em Vitória. O projeto conta com diversos grupos artísticos como a Orquestra Jovem Vale Música, a Camerata Jovem Vale Música, a Vale Música Jazz Band, a Banda Sinfônica Vale Música, o Coral Infantil Vale Música e o Coral Jovem Vale Música, que se apresentam em eventos na Grande Vitória e demais regiões do país. Durante o período da pandemia do novo coronavírus todas as atividades estão sendo desenvolvidas de forma remota.

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